quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

AO CANTADOR

Acorda, levanta, abre as cortinas
pra ouvir uns repente, umas rima
que o cantador tá pra chegar.
Abre teu coração
e entrega a ele um mote
ou então pede um galope
um galope à beira mar.

É que quando ele canta
sai mistérios da garganta,
de quem sabe improvisar.
Ô morena toma uma rosa,
dai-me um beijo
que eu te dou meu coração,
pois teu beijo me consola,
só não te dou esta viola
porque é de estimação.

Cabelo em desalinho,
mão nas cordas do seu pinho,
versos soltos pelo ar.
É o artista do Nordeste
cantando feitim a peste,
num festejo popular.

Edmar Eudes

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